segunda-feira, 29 de junho de 2009

Desmistificando o significado da crise



Por Sonia Jordão

Em vários campos de nossa vida e em diversos momentos passamos por crises. Na nossa juventude temos a crise da adolescência, em função das mudanças que acontecem em nosso corpo e que na maioria das vezes não entendemos; por isso geram conflitos e sofrimentos. Muitos de nós temos crises em nossos relacionamentos, e algumas vezes até levam à ruptura.
Na vida profissional isso também não é diferente. Quantas vezes temos dúvidas se estamos no caminho certo, na profissão correta, na empresa mais adequada às nossas capacidades e expectativas? Como as empresas são feitas de pessoas, também nelas as crises chegarão de tempos em tempos em função dos conflitos pessoais, inclusive da liderança.
Acreditando que aquilo que conhecemos é mais fácil resolver e superar, procurei estudar o sentido da palavra "crise". Descobri que se origina da palavra grega "Krísis" e, no dicionário, li que é uma manifestação violenta e repentina de ruptura de equilíbrio; também definida como fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos fatos, das ideias; é ainda um estado de dúvidas e incertezas; momento perigoso ou decisivo. Além disso, é ponto de transição entre um período de prosperidade e outro de depressão; tensão, conflito.

Continuando minhas pesquisas, descobri que a Bíblia traz a palavra "crisol", que leva à interpretação do termo "crise" como purificação. Crisol é definido como um cadinho, um recipiente das máquinas fundidoras, onde se derrete o metal e separa materiais diferentes. Além disso, no dicionário tem o significado de servir para evidenciar as boas qualidades do indivíduo.

Aprendi também o verbo "acrisolar", que significa purificar-se, submetendo-se a provas; aperfeiçoar-se, sublimar-se.

Pensando na história de purificação e de separação, entendi que quando uma crise acontece é o momento ideal para separarmos o que temos de bom do que temos de ruim; e aí fazermos dela a oportunidade que os chineses falam e aproveitarmos para sermos melhores e crescermos.

Entendi que o melhor a fazer é buscar o autoconhecimento para assim conseguir separar as virtudes e os defeitos. Descobrir quais são nossos pontos fortes, nossas principais qualidades, pois essas nos permitirão montar estratégias para vencer a concorrência.

Também é bom sabermos quais as oportunidades que o mercado nos oferece. Assim, saberemos onde poderemos atuar e traçar um cenário do futuro para superar os problemas que, por acaso, venham acontecer.

Claro que precisaremos também identificar nossos pontos fracos e as ameaças que o mercado apresenta. Esses dados serão importantes para planejarmos nossas ações visando superar nossas deficiências, independentemente de termos uma imprensa sensacionalista ou não.

Por exemplo: imagine que ao fazermos essa análise descobrimos que não temos domínio de uma língua e que por isso não podemos atuar em um determinado país, onde poderíamos obter grande sucesso em função de nossos pontos fortes. Podemos contratar um intérprete ou procurarmos aprender a língua rapidamente. Assim aproveitaríamos as oportunidades.

Não podemos deixar o otimismo e o entusiasmo cair; é preciso ter foco e ir à caça de novos negócios. Precisamos enxergar a parte cheia do copo que está pela metade e não a parte vazia. Patrões usam da crise para demitir; profissionais ruins usam-na para se justificar. Até quando você vai ficar justificando seus fracassos? Aprenda com os vencedores a comemorar.

*Sonia Jordão é especialista em liderança, palestrante e consultora organizacional. Autora do livro: “A arte de Liderar – Vivenciando mudanças num mundo globalizado”, e do romance corporativo: “E agora, Venceslau? - Como deixar de ser um líder explosivo”.
Fonte:http://www.rh.com.br

Sucesso e Felicidades!
Lucas Santos

Nenhum comentário: