segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Dicas para você falar muito bem



1. A naturalidade pode ser considerada a melhor regra da boa comunicação. Se você cometer alguns erros técnicos durante uma apresentação em público, mas comportar-se de maneira natural e espontânea, tenha certeza de que os ouvintes ainda poderão acreditar em suas palavras e aceitar bem a mensagem. Se, entretanto, você usar técnicas de comunicação, mas apresentar-se de forma artificial, a platéia poderá duvidar de suas intenções.
2. Não confie na memória - leve um roteiro como apoio. Para se sentir mais seguro, use um roteiro com as principais etapas da exposição e frases que contenham a essência das idéias. Se a memória falhar o roteiro estará à mão para socorrê-lo.
3. Use uma linguagem correta. Uma escorregadela na gramática aqui, outra ali, talvez não chegue a prejudicar sua apresentação. Afinal, quem nunca cometeu deslizes gramaticais que atire a primeira pedra. Entretanto, equívocos grosseiros poderão prejudicar a sua imagem e a da instituição que estiver representando.
4. Saiba quem são os ouvintes. Cada público possui características e expectativas próprias, que precisam ser consideradas em uma apresentação.
Procure saber qual é o nível intelectual das pessoas, até que ponto conhecem o assunto e a faixa etária predominante dos ouvintes. Assim poderá se preparar de maneira mais conveniente e com maiores chances de se apresentar bem.
5. Tenha começo, meio e fim. Guarde essa regrinha simples e muito útil para organizar uma apresentação: anuncie o que vai falar, fale e conte sobre o que falou.
Depois de cumprimentar os ouvintes e conquistá-los com elogios sinceros, ou mostrando os benefícios da mensagem, conte qual o tema que irá abordar.
Em seguida, transmita a mensagem, sempre facilitando o entendimento dos ouvintes. Se, por exemplo, desejar apresentar a solução para um problema, diga antes qual é o problema.
Use toda a argumentação disponível: pesquisas, estatísticas, exemplos, comparações, estudos técnicos, científicos etc.
Se, eventualmente, perceber que os ouvintes apresentam algum tipo de resistência, defenda os argumentos refutando essas objeções.
Depois de expor os argumentos e defendê-los das resistências dos ouvintes, diga qual foi o assunto abordado, para que a platéia possa guardar melhor a mensagem principal. Finalmente, peça que reflitam ou ajam de acordo com suas propostas.
6. Tenha uma postura correta. Evite os excessos, inclusive das regras que orientam sobre postura. Alguns, com o intuito de corrigir erros, partem para os extremos e condenam até atitudes que, em determinadas circunstâncias, são naturais e corretas.
Assim, cuidado com o 'não faça', 'não pode', 'está errado' e outras afirmações semelhantes. Prefira seguir sugestões que dizem 'evite', 'é desaconselhável', 'não é recomendável' e outras semelhantes.
Portanto, evite apoiar-se apenas sobre uma das pernas e procure não deixá-las muito abertas ou fechadas. É importante que se movimente diante dos ouvintes para que realimentem a atenção, mas esteja certo de que o movimento tem algum objetivo, como, por exemplo, destacar uma informação, reconquistar parcela do auditório que está desatenta etc. Caso contrário, é preferível que fique parado.
Cuidado com a falta de gestos, mas seja mais cauteloso ainda com o excesso de gesticulação.
Procure falar olhando para todas as pessoas da platéia, girando o tronco e a cabeça com calma, ora para a esquerda, ora para a direita, para valorizar e prestigiar a presença dos ouvintes, saber como se comportam diante da exposição e dar maleabilidade ao corpo, proporcionando, assim, uma postura mais natural.
Evite falar com as mãos nos bolsos, com os braços cruzados ou nas costas.
7. Seja bem-humorado Nenhum estudo comprovou que o bom humor consegue convencer ou persuadir os ouvintes. Se isso ocorresse, os humoristas seriam sempre irresistíveis. Entretanto, é óbvio que um orador bem-humorado consegue manter a atenção dos ouvintes com mais facilidade.
Se o assunto permitir e o ambiente for favorável, use sua presença de espírito para tornar a apresentação mais leve, descontraída e interessante.
Cuidado, entretanto, para não exagerar, pois o orador que fica o tempo todo fazendo gracinhas pode perder a credibilidade.
8. Prepare-se para falar. Saiba o máximo que puder sobre a matéria que irá expor, isto é, se tiver de falar 15 minutos, saiba o suficiente para discorrer pelo menos 30 minutos.
Não se contente apenas em se preparar sobre o conteúdo, treine também a forma de exposição. Faça exercícios falando sozinho, ou se tiver condições, diante de uma câmera de vídeo. Reúna um grupo de amigos, familiares, colegas de trabalho ou de classe, e converse bastante sobre o assunto que irá expor.
9. Use recursos audiovisuais. Use, mas não abuse. Tome cuidado com os excessos. Um bom visual deverá atender a três grandes objetivos: destacar as informações importantes, facilitar o acompanhamento do raciocínio e fazer com que os ouvintes se lembrem das informações por tempo mais prolongado. Portanto, não use o visual como 'colinha', só porque é bonito, para impressionar, ou porque todo mundo usa. Observe sempre se o seu uso é mesmo necessário.
10. Fale com emoção. Fale sempre com energia, entusiasmo, emoção. Se nós não demonstrarmos interesse e envolvimento pelo assunto que estamos abordando, como é que poderemos pretender que os ouvintes se interessem pela mensagem?
A emoção do orador tem influência determinante no processo de conquista dos ouvintes.

Fonte: Site Reinaldo Polito

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