segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Curiosidade em Recursos Humanos...


Grafologia aplicada em Recursos Humanos

Cristianne Cestaro de Valladares

A História registra aproximadamente 385 anos de descoberta, estudo e evolução, principalmente nos dias atuais. Isso se mostra tanto na França, com a revisão das terminologias; quanto no Brasil, pela identificação da necessidade de evolução, do estudo para adequação das espécies e na utilização de novas literaturas no ensino da Grafologia.
O estudo da técnica iniciou em Bolonha – Itália –, foi estudada por abades e alguns filósofos como Goethe e depois pesquisada com bases mais sólidas na França, Alemanha e Suíça. Propagou-se com grandes Mestres também na Espanha e, no Brasil, em 1900. Desde então, o estudo dos grafólogos no Brasil e no Mundo é ininterrupto; alguns por trajetórias mais conservadoras, outros – contemporâneos - procurando abrir frentes e ampliar a visão sobre a Grafologia atual.
Dedicamo-nos a difundir a Grafologia com seriedade; não é possível estudá-la e desenvolver Perfis Grafológicos de forma “automática”. A dinâmica da personalidade é intrínseca a diversos fatores, por isso não se pode identificar uma espécie e simplesmente reproduzir a sua interpretação numa avaliação.
A Grafologia tem predominante influência nas áreas de Recursos Humanos das empresas – recrutamento, seleção, treinamento e desenvolvimento –, visando ao autoconhecimento por meio da prática dos feedbacks. A grande vantagem da técnica é que estamos acostumados a fazer uma redação desde a época escolar; por esta razão diminui significativamente o nível de tensão inerente ao processo de avaliação descaracterizando a questão do “teste”.

Todos nós partimos de um modelo de escrita - chamado de modelo caligráfico escolar - quando aprendemos a escrever; embora algumas escolas já utilizem o modelo tipográfico (ou escrita em bastão) para a alfabetização. Ao longo da nossa evolução de vida vamos ou não aplicando à nossa escrita os nossos processos de mudança pessoal, advindos das experiências de cada um e dos estímulos recebidos.

Não escrevemos com as mãos, como muitos pensam; elas são apenas um meio para escrever – como são os pés ou a boca para muitos. Todas as manifestações, expressões e também os lapsos (Grafologia Emocional de Curt Honroth – como foi o Ato Falho para Freud) são mecanismos cerebrais, por isso identificamos possíveis patologias – ainda que o grafólogo não realize diagnóstico –, mas pode encaminhar para averiguações médicas.

Como se aplica a técnica? O aplicador, bem orientado, solicita uma redação em papel sulfite sem pauta, com número aproximado de 20 linhas e assinatura ao final. Utiliza-se caneta esferográfica e não é permitido apoio embaixo da folha ou qualquer tipo de cópia. Quanto ao tema, alguns grafólogos preferem o tema livre; outros acreditam que um tema dirigido como, por exemplo, “quem sou eu?” - propicia a manifestação das palavras reflexas, grafologia de conteúdo emocional inconsciente que também se avalia no caso anterior; com tema livre. É importante verificar o ambiente: sem barulho, com mesa e cadeira apropriadas, luminosidade suficiente e a receptividade do aplicador. Água e café tornam amistosa a situação.

O que se avalia? São muitas as competências avaliadas como, por exemplo: forma de raciocínio (inteligência), atenção, independência, motivação, atitude no trabalho, planejamento e organização, administração do tempo, decisão, liderança (sugestiva ou autoritária), trabalho em equipe, comunicação, ambição, negociação, maturidade emocional, honestidade, relacionamento etc.

Os resultados mostram elevado índice de acerto. Quando o cliente opta por contratar um profissional com o “perfil grafológico” desfavorável - pois ele tem esta autonomia -, a experiência mostra que um pouco mais à frente haverá um problema a ser resolvido pela empresa, porque não houve a adaptação esperada.
Se há alguma desvantagem na utilização da técnica? Existe sempre uma margem de erro por não se haver uma verdade absoluta, tanto neste processo, quanto em qualquer teste. Mas, faço uma crítica como desvantagem para a categoria: é impossível compreender a práxis grafológica e desenvolver perfis grafológicos com cursos de 08, 16 e 24 horas; estes oferecem apenas teor informativo.
É necessário muito estudo - mínimo de 02 anos de iniciação -, domínio absoluto da técnica, supervisão e participação em congressos. Além disto, bom conhecimento da Língua Portuguesa para uma descrição eficaz do texto no “perfil grafológico”, variando vocabulários ante a grande demanda para um mesmo cliente. A parceria com o cliente também é imprescindível para não realizar um trabalho “a toque de caixa”, senão compreendendo a estratégia da contratação.
Não basta enviar o Perfil, mas fazer o acompanhamento do mesmo e muitas vezes conhecer o perfil do gestor e do ambiente ao qual será inserido o profissional. Percorrendo estes caminhos, a excelência no resultado é garantida!
Site RH

Lucas Santos

Nenhum comentário: