segunda-feira, 24 de novembro de 2008

CONTABILIDADE

SIGNIFICADO DO SÍMBOLO DA CONTABILIDADE
Mercúrio era um deus da mitologia romana, que tinha sobre seu protetorado várias coisas, dentre elas, o comércio. Era filho do deus Júpiter (o maior), e o mensageiro de todos os deuses, em razão de sua grande agilidade (simbolizadas pelas duas asas que ladeiam seu capacete) e de dispor da confiança da máxima divindade.O caduceu era um bastão de ouro que Mercúrio recebera em troca de instrumentos musicais que inventara (a lira e a flauta) e que havia maravilhado a Apolo (que detinha poderes e conhecimentos mágicos e era o titular do caduceu). Não só Mercúrio trocou os objetos como exigiu de Apolo que lhe repassasse segredos de magia, notadamente, da adivinhação.O caduceu passou a ser o símbolo dos atributos de Mercúrio, e este, de tal forma aprofundou-se na adivinhação, que passou a conhecer a sorte de outros seres pelo jogo de pedras (semelhante ao de búzios). Mais tarde, usando o capacete de Hades, Mercúrio tornava-se invisível, e assim, prestou grandes serviços a outros deuses, entre outras coisas, derrotando e matando o temível gigante Hipólito. Tais vitórias, transformou o habilidoso Mercúrio no principal intérprete da vontade divina. Por esta razão ele era, também, o mais ocupado de todos os deuses da mitologia.Muitas outras atribuições e protetorados a mitologia confere a Mercúrio. Ao tomar o caduceu como seu símbolo, ele também tornou-se o símbolo de tudo o que protegia, inclusive o comércio. Como a Contabilidade Comercial foi a ciência mais importante durante milênios, é justificável a adoção de Mercúrio como patrono da Contabilidade. A própria literatura contábil atesta essa predominância - a primeira obra impressa de contabilidade industrial surgiu no início do século XVII - e os locais onde se ensinava a contabilidade eram denominados "Escolas de Comércio".Em Portugal (século XVIII), quando iniciou-se o ensino da Contabilidade, em escolas onde se formavam os Contadores que vinham para o Brasil, o processo didático denominava-se "Aulas de Comércio". Ainda hoje possuímos os colégios comerciais, formando técnicos em Contabilidade. Essa poderosa associação de "Aulas de Comércio", "Escolas Técnicas de Comércio", "Escrita Mercantil", "Livros Comerciais" (expressões do Direito), justifica a adoção de Mercúrio, como evocação representativa, e do caduceu - representante simbólico desse mesmo Deus - como símbolos da Contabilidade.O caduceu, todavia, por muito tempo, também simbolizou a indústria, e foi representado por um ramo de oliveira ou de loureiro no qual se enrolavam duas serpentes. Para o anel do contabilista adotou-se o caduceu estilizado, ou seja, o que possuía o bastão de Apolo que Mercúrio trocou pelos instrumentos de música, envolvido por duas serpentes e encimado pelo capacete que tornava o deus invisível, ladeado de duas asas que representavam a velocidade e a agilidade desse mesmo deus. Em simbologia tudo se permite.O que o caduceu evoca, para os contabilistas, é o respeito à divindade (ainda que mitológica) e à sugestão de que ele possa, tal como o deus Mercúrio, proteger as riquezas com a nossa própria sabedoria. Nesse caso, fazemo-nos representantes de Mercúrio ao proteger o comércio (no sentido amplo de todas as atividades, pois o próprio Mercúrio também servia a todos) com a nossa orientação, zelo e uso de uma ética que vai até onde for necessário para defendermos os interesses dos empreendimentos.Mercúrio era tido como o deus inventor da Escrita Contábil. Tal é a plenitude de nossa ação, pois o caduceu que estilizamos absorve não só o bastão de ouro, mas, também, o capacete e as asas, ou seja, tudo o que Mercúrio utilizava para proteger os empreendimentos. O caduceu nos sugere a responsabilidade de ampla proteção ao patrimônio dos empreendimentos, de modo a ensejar a eficácia das células sociais, e pela soma delas, a felicidade das sociedades humanas. Essa condição, somada ao respeito às leis, completa a simbologia das laterais de nosso anel profissional, de alta relevância e características do dever profissional.O bastão – figuração de um ramo vigoroso de loureiro, planta mística que, segundo gregos, protegia os lares, pois, os raios não atingiam, jamais, tal planta, alem de ter a mesma, raras virtudes medicinais e um odor apreciativo. O louro gerava as coroas que encimavam a cabeça dos heróis. A famosa coroa de louros era o símbolo do vitorioso, adí a importância da figuração. Outra versão – o bastão seria de ouro, e tinha servido para tanger o gado de Apolo, sendo a origem do próprio negócio do caduceu (são naturais, nas narrativas mitológicas, as divergências). Aplicação – representa o poder de quem conhece a ciência contábil – é a espinha dorsal do curso de Ciências Contábeis, em que são aplicadas as matérias de formação profissional; específica, objetivando a capacitação para o exercício da profissão. As serpentes – representam o curso da energia no corpo humano, na mesma direção que se postam as serpentes, a energia termina na cabeça, sede de toda a concentração vital. Outra versão – simbolizam a sabedoria, pelo que estão entrelaçadas para demonstrar o elo entre os atributos de natureza humana, social e profissional. Aplicação – representam a integração das matérias e atividades de formação profissional básica, específica e complementar. As asas – saem do ramo de loureiro, simbolizando a velocidade do deus Mercúrio. No Caduceu estão inseridas no capacete. Em outras figuras, nos calcanhares de Mercúrio. Outra versão – as asas figuram a presteza, a solicitude, a dedicação e o cuidado ao exercer a profissão. Aplicação – entre os atributos de natureza humanística e social estão o estudo da língua pátria, as relações humanas, as noções de ciências sociais e de direito, assim como a versatilidade da realisade brasileira na era da globalização. O elmo – como Mercúrio era o deus mais ocupado, o que mais encargos possuía, por sua extrema habilidade e variados poderes, possuía um capacete, também chamado pétaso, que o tornava invisível ou lhe permitia avaliar atitudes e exercer controles, com extremos poderes, sobre a ação de todos. Outra versão – uma peça de armadura antiga, o qual cobria a cabeça, com a finalidade de protegê-la. Aplicação – está representado, dentro do currículo pleno do curso de Ciências Contábeis, pela ética geral e profissional. Nesse contexto, Hermes para os gregos, Mercúrio para os romanos, o filho de Júpiter, o mais importante dos deuses, tinha a ele confiada a gestão da riqueza. Protegia o tráfego, os comerciantes, os pastores (de gado) e aqueles que, não possuindo recursos, pilhavam os mais ricos. No tocante ao ensino das Ciências Contábeis temos que o curso é voltado à instrumentalização do bacharel, a formação global, o ajustamento às características do mercado de trabalho regional. Assim, a formação acadêmica e profissional do aluno inclui o estudo e prática das funções de planejamento, controle, registro, divulgação e avaliação dos fenômenos da administração econômica e financeira, voltado ao quadro geral do patrimônio, do fluxo das transações, da produção e da renda, com vista a alicerçar a tomada de decisões dos empresários. O curso de Ciências Contábeis tem, dentro das atuais diretrizes, no trabalho de pesquisa e investigação científica, a finalidade de desenvolver o entendimento do homem e do meio em que vive, bem como a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos. O patrimônio cultural do profissional contábil é representado pelo CADUCEU, no qual a graduação é o bastão, as extensão são as serpentes, a pesquisa são as asas e a comunicação é o elmo. A mitologia é resultado de muita imaginação, crenças e símbolos que encerram idéias e as representam, valendo "mais que palavras". Cada profissão idealiza um símbolo que a identifique, e a profissão contábil tem Mercúrio e o Caduceu. Resta-nos fazer respeitar a profissão nos ditames do símbolo.

Nenhum comentário: